Foram me buscar no quartinho dos fundos e me acomodaram na sala de visitas, em local de destaque. Enfeitaram-me com luzinhas, bolas e fitas coloridas. Botinhas de Natal e pacotes diversos espalhavam-se ao meu redor. Eu estava feliz. Voltava a desempenhar a função de oferecer luz, alegria e esperança sem esperar nada em troca, acolhendo todas as pessoas igualmente sem emitir qualquer julgamento. Era momento de confraternização, de troca de presentes, de perdoar e de deixar de lado desentendimentos passados.
Depois da festa, me desmontaram e retornei ao quartinho dos fundos. Permaneceria ali um ano adormecida e esquecida. Porém eu podia ficar bem tranquila. Minhas irmãs continuavam doando seus frutos sem esperar recompensa, acolhiam os pássaros em dia de tempestade e ofereciam sombra aos que procuravam um pouco de frescor e de tranquilidade em meio à correria do dia a dia. Eram exemplo de força e integridade. Desempenhavam o papel delas mesmo em ambientes hostis e em dias conturbados. Proporcionavam luz, alegria, esperança e vitalidade a todos os seres.
O espírito natalino continuaria vivo. E para sintonizá-lo, bastava aproximar-se de uma árvore, sentir o universo pulsando em seu interior e fazer como ela; oferecer o melhor de si para a vida seguir florescendo para todos.
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