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Entrevista na Folk Comunicação

Atualizado: 4 de jun. de 2020










Victor Hugo Cavalcante: Primeiro, gostaríamos de agradecer por nos conceder esta entrevista e gostaria de começar perguntando: Como surgiu sua relação com a literatura e a sua vontade de ser uma escritora?

Christiane Couve de Murville: Agradeço muitíssimo esta oportunidade de participar desta entrevista e de falar sobre meu trabalho e meus livros no Jornal Folkcomunicação.

Ao longo dos meus estudos, fui descobrindo a importância da literatura, que oferece oportunidade de aprendizado, de desenvolvimento pessoal, de conhecer novas histórias, outras culturas e formas de ver o mundo, sendo capaz de nos transportar para outros cenários, com personagens com características diversas.

Em um momento de minha vida, aconteceu de várias pessoas me sugerirem escrever um livro. Refleti sobre o assunto e ideias de histórias possíveis começaram a surgir.

Resolvi, então, colocá-las no papel, aproveitando para compartilhar algumas ideias e reflexões, que considero interessantes, a respeito da vida e do mundo que percebemos à nossa volta. Imaginei oferecer uma leitura agradável e fluida, capaz de ampliar horizontes e, eventualmente, inspirar as pessoas a buscarem realidades mais alegres, leves e vibrantes, contribuindo para tornar o nosso mundo mais saudável e luminoso para todos.


Victor Hugo Cavalcante: Você é graduada, mestre e doutora em psicologia clínica pela Universidade de São Paulo, com especialização em psicodrama e orientação profissional, e também é bacharel em ciência da computação pela USP. O quanto suas carreiras de psicóloga e escritora se misturam?

Entendo que, ao longo da vida, desenvolvemos diversas habilidades, aprendemos um monte de coisas, colecionamos informações diversas. Tudo que vivemos, experimentamos, vimos e ouvimos contribuiu para o que somos hoje, enriquecendo nossa vida e também a carreira que escolhemos seguir, qualquer que seja ela.

O fato de ter uma formação na área de exatas, em ciência da computação, e outra em humanas, em psicologia, certamente me permitiu criar histórias como a da trilogia A Caverna Cristalina, que aborta temas como dimensões, realidades paralelas alternativas, viagens no tempo e também níveis de consciência e percepção da realidade, levando em conta o universo de vibrações no qual estamos imersos.


Victor Hugo Cavalcante: O que os leitores que ainda não leram Até Quando? A prisão podem esperar dele?

Na parte 2 de suas aventuras terrenas, no Até Quando? A Prisão, o efeito das águas do esquecimento que sistematicamente teve que tomar para acalmar memórias incômodas começa a se dissipar e João tem vislumbres de experiências antigas.

Percebe que em todas as suas aparições no planeta sempre reencontra a mesma turma. Repara no ciclo aparentemente interminável, de nascimento e morte, no qual ele e sua família encontram-se encalacrados. Todos vivem repetindo sensações e reeditando experiências. Estão apegados à personalidade momentaneamente assumida e presos em esquemas emocionais e padrões de comportamentos e pensamentos recorrentes, que contribuem para a formatação do mundo que encontram à volta deles.

Mas João quer se libertar do vai e vem e descobrir como se desvencilhar do sistema que os aprisiona, das formatações e dos condicionamentos diversos, ligados a apegos, crenças e medos, incorporados ao longo dos anos, às vezes até de forma inconsciente.

Para isso, contará com a ajuda de seu amigo guardião, do Miguel, da dama do portal e de familiares próximos como Mário, Chiquinha, o cavaleiro negro e outros mais. João quer ir além da consciência alcançada e entender que história é esta de ficar indo e vindo, repetindo sensações e reeditando experiências indefinidamente.


Victor Hugo Cavalcante: Até Quando? A prisão é o seu sétimo livro e, assim como os anteriores, está em processo de tradução para o francês. Como surgiu esta ideia de traduzi-lo para o francês?

Meu pai era francês, tenho família na França e estudei no Lycée Pasteur, escola bilíngue em São Paulo. Logo, a ideia de publicar meus livros também em francês me pareceu muito natural.

A princípio, pensei em eu mesma fazer a tradução dos livros para o francês e até cheguei a traduzir alguns capítulos do volume 01, A Caverna Cristalina: Uma aventura no tempo. No entanto, apesar de dominar o idioma, logo notei que uma tradutora profissional seria mais competente na realização dessa tarefa.

Victor Hugo Cavalcante: No início do primeiro livro da série, Até Quando? O vai e vem, de 2018, o livro lembra um pouco das crenças das religiões que acreditam em reencarnação como o espiritismo, você se influenciou em algumas destas crenças?

De fato, o Até Quando? O vai e vem fala de muitas vidas do João e do vai e vem dele entre a Terra e seu "salão de memórias", local à margem do mundo terreno, onde ele reavalia tudo que já viveu e fez na vida e traça planos para sua próxima aparição no planeta.

Lembra crenças e religiões que acreditam em reencarnação. Mas para escrever o livro, não me baseei em nenhuma doutrina específica. Apenas explorei diversas ideias sobre a vida e o tema da reencarnação, que encontramos em diferentes religiões e culturas, como do Egito, da Grécia antiga e do oriente também.

De modo geral, em meus livros, abordo diferentes formas de perceber e entender a realidade, mantendo a abertura para circular por diferentes ideias, crenças e concepções religiosas, ou não, sobre o mundo, a vida e a existência humana.

E apesar de fazer alusão à ideia de reencarnação, no Até quando? O vai e vem, procurei evitar usar temos como, por exemplo, reencarnação, carma, ou qualquer outra palavra comumente usada em alguma religião específica.

Também, um leitor atento notará que, no Até Quando? O vai e vem, estranhamente todas a vidas de João parecem acontecer em um mesmo momento histórico do planeta. Em todas as suas experiências terrenas, ele vê carros, aviões, celular e tem internet, como se se a cada reencarnação sua ele mergulhasse sempre em mesmo tempo do planeta.

Essa questão será explorada no Até Quando? A prisão, levantando considerações sobre a eventual existência de uma realidade à margem do tempo e a possibilidade de realidades alternativas acontecendo simultaneamente.

João estaria sistematicamente projetando novas realidades para tentar consertar dentro de si o que ficou mal resolvido ou para experimentar novas possibilidades e realizar seu potencial, até ficar satisfeito consigo mesmo e sentir seu coração leve e a consciência tranquila, sem nenhuma pendência mais por resolver ou confusão vivida lhe retornando à mente.


Victor Hugo Cavalcante: Quais são as suas principais influências literárias e em que estes escritores te influenciam?

Sempre procuro leituras que estejam afinadas aos temas que abordo nos meus livros e que possam ampliar meus horizontes, apresentando visões interessantes sobre a vida e a experiência humana.

Alguns exemplos de leituras que considero enriquecedoras são; Autobiografia de um Iogue, de Paramahansa Yogananda, Buda, de Deepak Chopra, O Livro de Mirdad, de Mikhail Naimy, O Livro Tibetano do Viver e do Morrer, de Sogyal Rinpoche, O Antigo Segredo da Flor da Vida, de Drunvalo Melchizedek, The Source Field, de David Wilcock, A Biologia da Crença, de Bruce Lipton, O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry e todos os livros do professor Jerry Alan Johnson.

Acredito que a leitura pode influenciar e mesmo mudar as pessoas e, consequentemente, a vida delas. Quando lemos um livro, entramos no universo que nos é apresentado pelo autor, sintonizamos um mundo possível, com seus encantos e desafios, suas qualidades e confusões.

Logo, assim como devemos ser cuidadosos ao escolher os alimentos que ingerimos, que podem contribuir ou não à nossa saúde, da mesma forma, é importante ficarmos atentos ao que escolhemos para alimentar o nosso mundo mental, ainda mais considerando que, talvez, o que pensamos ou onde colocamos a nossa atenção influencie poderosamente na realidade que percebemos à nossa volta.

Afinal, para onde olhamos indica para onde estamos indo e, conforme achados da ciência atual, nossos pensamentos, sentimentos e nossas intenções definem o mundo que encontraremos mais adiante.


Victor Hugo Cavalcante: Quais são as suas principais inspirações para escrever?

Meus livros sempre remetem a experiências, situações, coisas que vivi, vi, ouvi, li ou aprendi, ou que outros me contaram, vivenciaram ou testemunharam. Acredito que seja por isso que, depois de ler meus livros, muitas pessoas me perguntam o que de fato é real ou inventado nas histórias que conto, que apesar de serem ficcionais, em diversos momentos aproximam-se da realidade vivida e percebida.


Victor Hugo Cavalcante: Como dito anteriormente você escreveu outros seis livros além do Até Quando? A prisão, conte-nos mais sobre estes livros.

Também escrevi a trilogia A Caverna Cristalina, com o volume 1 - Uma aventura no tempo, volume 2 - O desafio do labirinto e o volume 3 - Capturados no tempo. Trata-se de um romance de aventura e ficção, que acontece na Chapada Diamantina, no estado da Bahia, e que retoma a história da região, desde o apogeu da extração do ouro e dos diamantes até os dias de hoje.

Houve um tempo em que Xique-xique de Igatu, como era então conhecida a vila de pedra onde se desenrola a história do A Caverna Cristalina, chegou a ter mais de dez mil habitantes, com cassino, cabarés, vilas de escravos e comércio bem desenvolvido. Hoje, Igatu, que fica no município de Andaraí, não tem mais de 400 habitantes e vive essencialmente do turismo. As pessoas que agora vão a Igatu buscam outras riquezas; as naturais.

A Caverna Cristalina conta a história de um grupo de pesquisadores que realiza ousados experimentos em uma caverna cheia de cristais com qualidades mágicas que permitem viajar no tempo. Os integrantes do grupo acabam indo parar em diferentes momentos históricos de Igatu, prósperos ou violentos e decadentes.

Uma bússola mágica de cristal, capaz de nortear as viagens no tempo, ajudará o grupo a desvendar segredos que unem passado, presente e futuro.

A trilogia também explora lendas e crenças locais sobre fenômenos misteriosos e desaparecimentos testemunhados na região. Até hoje, nas proximidades da vila de Igatu, luzes são vistas na chapada, em noite de lua nova, em locais totalmente inabitados. Surgem diversas suposições; luminescências desprendendo-se do solo muito rico em cristais, seres de luz, talvez anjos, sobrevoando a região, portais dimensionais abrindo-se na chapada, reações químicas se dando em função das partículas em suspensão, efeito do magnetismo terrestre, pontos de entrada e saída do planeta ou de conexão com seres vivendo nas entranhas da Terra, até ETs vindo roubar diamantes!

Supõe-se que existiriam passagens secretas na chapada, estabelecendo a conexão com civilizações perdidas e até mesmo com antigos sobreviventes intraterrenos de Atlântida.

O acesso a esses mundos escondidos, onde existiria uma cidade subterrânea toda de ouro, se daria através de um poço de águas cristalinas ou de um cristal de rocha perfeitamente translúcido, capaz de oferecer também uma ligação direta com os templos incas de Machu Picchu no Peru.

A vila de pedra de Igatu também é conhecida como a Machu Picchu Baiana! Acompanha ainda essas histórias a ideia da existência de portais dimensionais ocasionalmente se estabelecendo em locais de alta concentração de cristais, ligando a Chapada Diamantina a outros mundos que coexistiriam em realidades paralelas.

A abertura desses portais favoreceria, então, a troca de informações entre povos e mesmo o traslado de seres de um lugar a outro. Também no subsolo de alguns sítios turísticos como, por exemplo, do Poço Azul, foram encontrados resquícios de animais fossilizados, remetendo a preguiças gigantes e outros tipos de animais pré-históricos semelhantes a tigres, hipopótamos, elefantes e rinocerontes, que teriam habitado ali, há mais de dez mil anos.

Esses achados contribuíram igualmente para enriquecer as lendas sobre seres fantásticos circulando na chapada e eventualmente sendo vistos por moradores mais sensíveis e suscetíveis a realidades sutis que permeariam o mundo material concreto.

Todo um mundo invisível ganha vida na Chapada Diamantina, convidando seus visitantes a considerarem a possibilidade de viagens no tempo e de diferentes dimensões entrelaçando-se em locais mágicos, com poços cristalinos, passagens subterrâneas, seres vivendo em diferentes dimensões ou planos vibracionais.

A Vida Como Ela É conta a história de dois vizinhos que se encontram regularmente no elevador do prédio onde moram e que apresentam modos distintos de perceber a vida e se relacionar no mundo. Um deles só pensa em fama, dinheiro e poder, em sua aparência, suas coisas, seus ganhos e interesses particulares.

Luta para sobressair em um mundo de soberba, competição, disputas e comparação. Já seu vizinho acha que o mundo não se resume ao material e concreto. Acredita que existe uma dimensão sutil permeando tudo e todos. Prioriza o que o encanta e faz se sentir bem.

Apresentando situações do dia a dia, o livro mostra a trajetória desses moços que optam por caminhos muito diferentes e que apresentam comportamentos radicalmente opostos, remetendo a tendências que de certa forma identificamos dentro de todos nós, seja nos puxando para o mundano e material, o Ter, seja para a busca da transcendência, do Ser. Contudo, talvez o desafio seja conseguir encontrar um equilíbrio, sem se identificar com um ou outro personagem ou aspecto em particular e conseguir observar e ir além dessa tensão entre opostos complementares.

O A Vida Como Ela É faz referência a um mundo invisível que escapa aos sentidos habituais do tato, olfato, paladar, audição e visão e leva a refletir sobre o quanto afetamos a vizinhança com nossos pensamentos e sentimentos, com nosso olhar e nossas ações.

Até quando? O vai e vem conta a história do João que, após morrer, vai parar em seu "salão de memórias", onde encontra registros de tudo que fez ou não em vida, de desejos e sonhos frustrados, mas também de seu potencial. Insatisfeito com sua atuação recente na vida, João decide voltar à Terra para esclarecer equívocos e provar para si mesmo que é um sujeito bacana e tem qualidades.

Para retornar, contudo, ele precisa beber as águas do esquecimento. Por conta disso, não se lembra de suas experiências passadas, nem reconhece as mesmas pessoas de seu círculo de relacionamentos, família, vizinhos, amigos e inimigos, com quem continua se reencontrando.

O leitor acompanha a trajetória de João em suas idas e vindas entre o mundo material e seu "salão de memórias" e, aos poucos, João refina seus interesses e entende que a Felicidade está muito além das coisas que momentaneamente possui.

Em A Hora do Beijo: Teatro Espontâneo com Adolescentes (Casa do Psicólogo, 2004), compartilho minha dissertação de mestrado. Apresento um atendimento que realizei em escola, durante o qual jovens sistematicamente encenaram cenas de casamento.


Victor Hugo Cavalcante: Qual foi o livro que mais te deu trabalho para escrever e por quê?

Este último livro que publiquei, o Até Quando? A prisão foi o que mais me deu trabalho para escrever. Ele foi escrito logo em seguida do Até Quando? O vai e vem, porém deixei o texto amadurecendo durante vários meses. Depois o retomei, fiz novos ajustes e, novamente, o deixei de lado.

Ainda não estava satisfeita com o resultado alcançado. Dos livros que escrevi, foi o que levou mais tempo para ficar pronto. Revisei diversas vezes, sempre acrescentando algo ou fazendo alguma modificação.


Victor Hugo Cavalcante: Sobre os personagens principais de seus livros, quais as características psicológicas que se repetem neles e em você? E no que eles se diferenciam de você e do seu jeito de agir e pensar?

Todos os meus personagens vivem situações, sentimentos e experiências emocionais que, de certa forma, eu mesma já vivi em algum momento de minha trajetória de vida.

Por exemplo, no Até Quando? O vai e vem o João a cada aparição sua no planeta experimenta diferentes emoções, expectativas, desejos, apegos e apresenta comportamentos diversos passíveis de serem, se não vividos, observados, ao longo da vida.

Todos nós, se prestarmos bem atenção, já manifestamos diversos desses comportamentos que descrevo ou tivemos sentimentos semelhantes aos de meus personagens.

No A Vida Como Ela É também Ruffle Johnes e João Astolfo retratam muito bem modos de agir e pensar que identificamos facilmente no dia a dia. Todas essas características que vemos em meus personagens existem enquanto possibilidades de serem vividas no mundo e, se olharmos atentamente para nós mesmos, poderemos identificar muitas dessas tendências, remetendo a apegos diversos, desejos, sentimentos e pensamentos, ao que valorizamos, priorizamos, às nossas intenções, a atitudes que às vezes replicamos sem mesmo perceber claramente.

Creio que é por isso que meus leitores facilmente se identificam com as situações que descrevo, chegando ocasionalmente até a ficarem extremamente incomodados com a atitude de um ou outro de meus personagens.

Mas a questão talvez seja conseguir olhar para todas essas situações sem ficar incomodado, sem se identificar nem com o que consideramos bom, nem com o que eventualmente achamos ruim. Reconhecer e aprender a lidar com as diferentes tendências que percebemos na gente, cuidando para não viver refém de nenhuma delas.

Estar sempre disposto a rever comportamentos e olhar para si, identificar o que necessita ser melhorado, o que queremos e efetivamente importa, jogar fora o que não faz bem e tratar de trilhar um caminho afinado aos nossos ideais verdadeiros, ao que de fato encanta, traz paz e alegria, faz os olhos brilharem.

Comportar-se como gente chique de verdade, que não deixa lixo para trás, não se mete onde não é chamado, não fala da vida alheia, não deseja o que não lhe pertence e não incomoda com o olhar ou pensamentos desagradáveis, judicativos e críticos.

Victor Hugo Cavalcante: O que nunca pode faltar nas histórias de seus livros?

Cada livro é diferente. Por exemplo, nos A Caverna Cristalina, tem a ambientação na Chapada Diamantina que garante um cenário lindo e até mesmo mágico. Na trilogia, não podia faltar mistério, confrontos de interesses e desafios, instigando o leitor a querer saber mais sobre as idas e vindas por portais da turma dos viajantes do tempo da Chapada Diamantina.

Já na série Até Quando? e no A Vida Como Ela É, não há uma ambientação especial. Mas certamente não podiam faltar nesses livros tensões entre formas de pensar distintas, desafios, impasses e situações que remetem ao dia a dia de todo mundo, interligando realidade e ficção e estimulando a reflexão sobre o que estamos fazendo, ou não, o que queremos e realmente importa na vida.

Victor Hugo Cavalcante: A série Até Quando? é uma leitura leve e profunda, que incita reflexões sobre a vida, a existência humana e o mundo que percebemos ao redor. As belíssimas ilustrações da obra, feitas em nanquim preto e branco, são da sua autoria. Como surgiu esta ideia de ilustrar os livros?

Gosto muito de arte. Fiz Escola Panamericana de Arte e curso de escultura em pedra e argila no MUBE (Museu Brasileiro da Escultura).

Circulei por ateliers diversos de desenho, pintura, aquarela, escultura e cerâmica. Adoro fazer as ilustrações dos meus livros, acho que as imagens enriquecem o texto e oferecem ao leitor um elemento a mais para complementar a história.


Victor Hugo Cavalcante: Quais as novidades literárias para 2020?  

2020 começou com o lançamento do volume IV da Antologia de Poesia Brasileira, Além da Terra, Além do Céu, da Chiado Books.

Participo dessa antologia com o poema Ponteiro Coração. Em fevereiro, está prevista uma exposição na estação República do Metrô, em São Paulo, em parceria com a Tocalivros.com, empresa de audiobooks, da coleção de ilustrações O Pequeno Príncipe visita São Paulo que fiz para a ocasião.

Serão também lançadas, em 2020, as antologias Amaldiçoados Pelo Poder, do Projeto Eco Literário, da qual participo com o conto Alternância Implacável, e Minuto de Tudo, da Editora Scortecci, com lançamento previsto na Bienal de São Paulo, da qual participo com Gota de Perfeição.

Haverá ainda o lançamento do livro Aquele Lugar Entre Nós, coletânea de textos de colegas da psicologia, da qual participo com Banho de Cachoeira.

Também fiz as ilustrações do livro Aquele Lugar Entre Nós, que estarão expostas no dia do lançamento. Estou ainda prevendo disponibilizar este ano, em audiobook, o Até Quando? O vai e vem e o Até Quando? A Prisão.

Meus demais livros já estão em audiolivro pela Tocalivros.com. Eu mesma faço a narração dos meus livros. E a versão em francês do Até Quando? O Vai e vem será lançada em breve, em formato e-book.

Espero também continuar escrevendo as crônicas que regularmente compartilho em minha página de Facebook e tenho ainda um conto de antologia da Lura Editorial em vias de publicação.

Abraços a todos e gratidão mais uma vez por esta oportunidade de entrevista no Folk. Excelente 2020 para todos!


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