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Artigo na Folha da Cidade!

Atualizado: 4 de jun. de 2020



MEMÓRIAS


Nosso corpo é constituído em grande parte de água, que apresenta a propriedade de guardar informações provenientes do ambiente à sua volta, que ficam então impregnadas em suas células.


Assim como a água, carregamos memórias diversas. Algumas são leves, remetendo a momentos alegres e felizes de nossas vidas. Outras são pesadas, nos fazem sofrer, exacerbam a atividade mental, perturbam o sono e reavivam lembranças desagradáveis que gostaríamos de esquecer. Trazem à tona arrependimentos, frustrações, medos, apegos, humores diversos e eventualmente sentimentos nada virtuosos. Porém, existem também aquelas das quais nem temos conhecimento claro, mas que silenciosamente influenciam nossas emoções, ações, crenças, nossos pensamentos, desejos e projetos de vida.


Apesar de eventualmente nos acharmos senhores de nós mesmos, donos de nossos narizes e com liberdade de escolha, será que somos mesmo livres? Aparentemente, vivemos como leões enjaulados, limitados por memórias e condicionamentos que modelam pensamentos, definem ações, minam a iniciativa e interferem no modo de perceber a realidade, chegando eventualmente a dificultar discernir o que é verdade ou mentira, ou seja, criação da nossa mente.


No “Até quando? O vai e vem” (Chiado Books), conhecemos o João que, ao longo de suas aventuras terrenas, acumula várias memórias. Muitas são doloridas e o instigam a se mexer, reavaliar atitudes, experimentar coisas novas e dar o melhor de si. Outras o levam a repetir experiências, reações e sensações, mantendo-o apegado a desejos intermináveis. João ora percebe-se em situação que julga boa, com coisas que gosta e pessoas acolhedoras e gentis, ora em condição difícil, que considera ruim e desafiadora. Desenvolve comportamentos e incorpora hábitos diversos para se proteger, defender, sobreviver, adaptar-se a um ambiente muitas vezes sentido como hostil e agressivo.

No entanto, da mesma forma que somos impressionados pelas vibrações que o planeta tem a oferecer, também afetamos o mundo ao nosso redor. No “Até quando? O vai e vem”, João é levado a reconsiderar a sua responsabilidade acerca da realidade que encontra à sua volta, ainda mais tendo em vista o universo de vibrações no qual estamos mergulhados e a influência de crenças, pensamentos, sentimentos, emoções, intenções e ações sobre os padrões vibracionais de energia que determinam e materializam o mundo físico conforme o percebemos.


O “Até quando? O vai e vem” promove ainda reflexões sobre o quanto as informações que gravitam nosso campo de energia obedientemente atraem as vibrações que nos são compatíveis e projetam as experiências que nos cabem com exatidão. No caso do João, as memórias que ele carrega materializam realidades que lhe oferecem a oportunidade de rever bagagens pesadas e incômodas, de tratar pendências, curar nós de sofrimento, até conseguir ficar com o coração leve e a consciência tranquila.

Afinal, quem não quer se limpar de lembranças desagradáveis e inconvenientes, que prendem em acontecimentos do passado ou em expectativas em relação ao futuro, impedindo de viver plenamente o momento presente?


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