O livro A VIDA COMO ELA É, da escritora Christiane Murville, aborda as vidas e atitudes de dois vizinhos que se encontram, eventualmente, no elevador: Ruffle Johnes e João Astolfo. Ambos têm uma maneira distinta de enxergar a vida, Ruflle Johnes valoriza status, bens materiais e luxo. Diferente de João Astolfo, que opta por levar uma vida pacata, sem se importar com o que as pessoas acham dele e vivendo da maneira que é feliz.
Ruflle e João são na realidade reflexões das atitudes humanas. Afinal de contas, vivemos em um mundo movido pelo capitalismo. Por isso, estamos propícios a ter ambição e desejar bens materiais, muitas vezes, para impressionar quem está de fora. No entanto, ter ambição não é ruim, pelo contrário, é saudável se feita com maturidade.
Ao longo do livro, conhecemos um pouco mais desses vizinhos tão divergentes, mas que ao mesmo tempo têm tanto em comum. O livro deixa uma linda mensagem que, para mim, assemelha-se um pouco à lição do livro O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry.
Com a obra de Christiane, entendemos que a vida é uma viagem e estamos aqui só de passagem. Então, vivia do modo que preferir, mas é importante cultivar a noção que somos seres astrais e logo esse corpo que vestimos ficará para trás. A vida que habita dentro do nosso ser é o que existe de verdade e a iluminação é alcançada através de boas ações.
Peço a licença para expressar uma última observação: A obra tem claramente referências espirituais. Porém as referências se encaixam perfeitamente com a obra fazendo com que elas virem uma só: A VIDA COMO ELA É