O cozinheiro estava de muito mau humor aquele dia. Havia brigado com a mulher, tinha um monte de contas a pagar, o salário era justo e ele andava com uma dor de cabeça insuportável. Nada na vida parecia dar certo! Enquanto preparava os pratos para os fregueses, remoía suas infelicidades.
Mas ele não era o único insatisfeito naquele restaurante. O garçom também estava irritado. Quanto cliente arrogante para servir! Sem contar que suas pernas doíam de tanto ficar em pé.
Quando a comida chegou na mesa, ao reparar na cara amarrada do garçom que servia os pratos e intuindo o ambiente pesado na cozinha, Mariquinha teve vontade de ir embora. Não comeria aquela comida impregnada do mau humor do cozinheiro e do garçom! Sabia muito bem que os alimentos continham água, absorviam a energia das pessoas que os preparavam e serviam.
Também percebendo o clima que rolava no restaurante, Florisvaldo disse:
— Vamos rezar para abençoar a comida!
Estava convencido de sua conexão com o princípio divino que rege o universo. Visualizou, então, uma luz brilhante e radiante purificando e santificando o alimento. E sua crença era tão forte, que lhe permitia abençoar e receber os benefícios de uma alimentação saudável, impregnada de boas vibrações.
Florisvaldo ainda completou:
— Somos luz, vibração, música! E nos tornamos mais poderosos quando em estado de alegria. Nós é que fazemos o dia, ou a refeição, especial!
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