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  • Foto do escritorCMurville

REFLEXÕES DE FIM DE ANO


Na manhã do último dia do ano, acordei pensando em tudo que eu queria para o ano seguinte. Repassei diversas vezes na cabeça a minha lista de desejos e sonhos por realizar. Queria saúde, prosperidade, sucesso em meus projetos e tudo mais que eu imaginava poderia me proporcionar felicidade plena. Aproveitei para também pedir opulências e vida longa para a família, os amigos, os vizinhos e mais paz no planeta.

Feito isso, no entanto, me senti um pouco envergonhada. Será que o certo não seria antes oferecer para merecer receber? Passei, então, a agradecer tudo que me havia acontecido no último ano, tanto o que julgava bom como ruim. Afinal, quantas vezes algo sentido como negativo depois revelara-se uma bênção! Eu concluía que deveria parar de analisar e julgar a torto e a direito e simplesmente viver o momento, agradecendo o que o universo gentilmente oferecia a cada instante.

Segui revendo diversos episódios de minha vida, alguns mais tristes e outros felizes. Podia sentir o meu coração mais ou menos leve e a minha consciência mais ou menos tranquila, em função do que havia ou não feito e pensado. Compreendia que, no fundo, o mais importante era estar bem consigo mesmo e terminar o ano em paz, com as dívidas liquidadas e o sentimento de dever cumprido.

Mas agora era hora de deixar o passado para trás. Nada de ficar se lamentando ou chorando sobre o leite derramado. Um novo ano despontava no horizonte e havia muito trabalho a fazer. Quanta gente sem moradia, passando fome, com a saúde debilitada, sem acesso à educação e à cultura! Se fizesse vista grossa para tudo isso, como encarar a minha consciência no próximo final de ano? Porém já desconfiava; teria que sempre oferecer o melhor de mim para merecer um mundo de alegria e bem-aventurança para todos e alcançar felicidade plena.


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