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  • Foto do escritorCMurville

SOMOS PERFEITOS!

Atualizado: 4 de jun. de 2020


Existe uma sequência numérica infinita, chamada Fibonacci, que descreve a disposição e quantidade das sementes na flor de girassol, das escamas na pinha, das folhas em um galho, das pétalas nas flores. Esse padrão numérico está presente em toda a natureza, nos animais, nos insetos, nos vegetais e também no corpo humano. Compõe o que chamamos de Proporção Áurea, que podemos facilmente observar nas conchas, nos caracóis, nos brócolis, nas samambaias, nas nossas mãos, no nosso rosto, nas formações cristalinas e até em imagens de furacões. As artes plásticas, a arquitetura e o design exploram esse padrão estético de beleza e harmonia, que demonstra a perfeição do universo, com tudo interconectado e organizado segundo um padrão geométrico sagrado harmônico, onde até a fruta podre tem a sua importância, servindo de adubo.


Mas, mesmo fazendo parte desse universo harmônico perfeito, por que eventualmente nos sentimos imperfeitos ou acreditamos que não somos perfeitos? Afinal, por que apenas nós, humanos, não seríamos perfeitos?


O que nos diferencia de outros seres animados é a nossa capacidade de raciocínio, uma ferramenta maravilhosa que nos permite criar, estudar, construir, resolver problemas, traçar planos, estratégias, realizar projetos, trabalhar! Somos capazes de grandes feitos, podendo beneficiar muita gente, porém também de ações terríveis, que degradam o ambiente, incomodam o vizinho, roubam a vida de outros seres e criam lixo de todos os tipos; materiais e em forma de pensamentos e olhares maldosos, egoístas e invejosos, lançados no mundo. E quantas vezes destruímos a estrutura geométrica sagrada das entidades à nossa volta, como por exemplo da água que deixa de exibir uma estrutura cristalina quando poluída!


Depois de deixarmos tanta sujeira para trás, nos comportando de um modo muito distante do que imaginamos como virtuoso, honrado e amoroso, fica mesmo difícil nos acharmos perfeitos. Inexoravelmente, acabamos acreditando que somos imperfeitos, pois é mais cômodo, uma bela justificativa, desculpa ou estratégia para abafar a consciência pesada e continuar errando no mundo, agindo de modo ignorante.


Mas perceber que somos parte de um universo perfeito não quer dizer nos acharmos muito especiais ou ficarmos apegados a uma imagem pessoal idealizada qualquer. Significa consciência da nossa pequenez diante da imensidão do universo e responsabilidade em relação ao meio e aos outros seres à nossa volta. Pressupõe coragem e disposição para reconhecer erros, condicionamentos, bloqueios, dificuldades, limitações e tudo que sentimos eventualmente como não perfeito em nós ou necessitando ser aprimorado. Humildade de sempre nos colocarmos na posição de aprendiz, pedir desculpas, reparar erros e seguir em frente, sem ficar nos martirizando por eventuais erros cometidos. Deixar o ego de lado, largar mão do que passou e está por vir, e continuar caminhando, confiando na perfeição do universo.



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